A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico (Sedecon), o Centro Industrial e Empresarial de Minas Gerais (Ciemg) e o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) promoveram nesta terça-feira (17), no Ciemg, o seminário “Distritos Industriais – Desafios e Oportunidades”. No evento foram apresentados cases de sucesso de associativismo ocorridos em distritos industriais do Brasil da Associação das Empresas do Distrito Industrial de Queimados/RJ (Asdinq) e Associação das Empresas da Cidade Industrial de Curitiba (Aecic). O público-alvo foi composto por empresários de distritos industriais de Contagem.
A revitalização e expansão dos distritos industriais e polos econômicos do município de Contagem vem sendo discutida pela administração municipal desde o início desta gestão. Já foram feitas mais de 30 reuniões nos distritos e as melhorias de infraestrutura e segurança já vem mostrando resultados. Redução de ocorrências policiais, melhorias da infraestrutura das vias e no transporte público.
Segundo o subsecretário de Desenvolvimento Econômico, Adimilson Moura, este é um momento importante pois percebemos as necessidades de os empresários tomarem decisões de forma coletiva e coesa. “Na Sedecon já temos iniciativas para que os distritos e polos econômicos sejam fortalecidos. Em contagem são 1200 empresas nos sete distritos, cerca de 20 mil empregos diretos gerados e cinco polos econômicos com a possibilidade de se tornarem associações”, ressaltou.
O ex-prefeito de Curitiba, Cassio Taniguchi, atual superintendente da Região Metropolitana da Grande Florianópolis, do Governo do Estado de Santa Catarina, e membro da Associação das Empresas da Cidade Industrial de Curitiba, falou sobre a criação dos distritos na capital paranaense. “Desde a década de 60, Curitiba é uma cidade que se preocupa muito a questão conceitual. Todas as ações são orientadas no sentido de criar condições para que as pessoas se sintam bem na cidade. Para a implantação existiam conceitos fundamentais. A primeira pergunta que toda cidade tem que responder é: para onde a cidade vai crescer? Nada melhor que fazer o crescimento da cidade em torno do tripé: uso do solo, transporte público e sistema viário. Esses três temas orientam o processo de crescimento da cidade na direção que nos interessa. Criamos também as condições que vieram a se chamar desenvolvimento sustentável, pelas dimensões social, ambiental e econômica”, disse.
Taniguchi ainda apontou uma segunda questão que deve ser avaliada. “Qual é o negócio da cidade? ” Segundo ele, não adianta querer fazer um desenvolvimento orientado se não tiver recursos para isso. “Criamos equipamentos sociais, creches, escolas e ao mesmo tempo demos incentivos aos microempresários. Para cada emprego era dado um desconto em ISS, por exemplo. As transformações econômicas aconteceram a partir de 1973, a localização foi estudada e foi criada a cidade industrial. Iniciou- se o processo de atração de industrias e foi um sucesso, atraímos indústrias automobilísticas e eletrônicas”, destacou.
São muitos os problemas enfrentados pelos empresários, afirmou o empresário Cássio Braga, diretor do Ciemg, mas o resgate só acontecerá com união das empresas. “O Ciemg é um braço forte e está reunido para caminhar rumo a um novo ambiente, saudável e atrativo para os negócios, mas esse projeto só será realidade com a participação efetiva dos interessados em mudar a situação do setor industrial”, disse.
